tag:blogger.com,1999:blog-213915376905620305.post5048751163950748338..comments2024-03-07T21:05:29.883+00:00Comments on Palavras à la carte: Texto sobre o Acordo OrtográficoFeatherhttp://www.blogger.com/profile/15223678156853579325noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-213915376905620305.post-68019742906515185842011-02-11T12:37:34.700+00:002011-02-11T12:37:34.700+00:00Citando um amigo meu: "Se agora é "Egito...Citando um amigo meu: "Se agora é "Egito", porque é que os seus habitantes não são os "egícios"?"Marta BOnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-213915376905620305.post-25104230341606218002011-02-11T12:30:06.893+00:002011-02-11T12:30:06.893+00:00Uma coisa é certa. Já vi aí muita coisa escrita co...Uma coisa é certa. Já vi aí muita coisa escrita com o acordo, mas só dei conta que já estava ao abrigo quando apareceram as palavras sacrificadas. De outra forma, o estilo de escrita continuava a ser português.<br /><br />Há casos que, de facto, estar lá a letra ou não, é bastante indiferente, mas no caso do Humano, tem a ver com a Humanidade e a palavra "Homem". E, ao que sei, essa palavra não foi alterada.<br /><br />Quanto ao link, acho que já tive. Vou procurar e depois envio-te. Vou também procurar um outro texto muito giro que recebi sobre o acordo.<br /><br />Até jáFeatherhttps://www.blogger.com/profile/15223678156853579325noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-213915376905620305.post-33963384396371288922011-02-11T12:16:09.706+00:002011-02-11T12:16:09.706+00:00O texto do Halpern um pouco acima de um sentimenta...O texto do Halpern um pouco acima de um sentimentalismo de esperar com conta, peso e medida... partilho umas ideias. Do A.O. há pontos com os quais concordo, outros que não, como a maioria do luso-falante.<br /><br />Creio que um idioma tem de evoluir paralelamente à mentalidade do povo que o fala e escreve: eu acredito que temos de ser práticos. Se não digo o "c", por que motivo hei-de escrevê-lo? Assim, ser proativo é ser prático: e - por exemplo - continuarei a diferenciar (leia-se, falar) "facto" de "fato". Faz todo o sentido porque pelo menos deste lado do 'charco' usamos esse "c".<br /><br />No entanto, aquele "p" que surge em palavras como "óptimo" é uma teia de aranha secular no templo do Latim (idioma que não deve morrer mas que é limitado às Humanidades). Não faz parte do português moderno falado, meramente do escrito. É uma negação do discurso e uma oposição mal justificada à mudança. Aliás, se por vezes já comemos sílabas na fala, então ainda por cima vamos escrever uma letra ali atirada no meio da palavra e que ninguém, absolutamente ninguém (pelo menos nunca ouvi dizer "ó-p'ti-mo") vai usar?<br /><br />Claro que tudo é relativo e às vezes vacilo perante a minha opinião nalgumas coisas. Exemplo: parece que existe a possibilidade (quer dizer, julgo eu) de se cortar o "h" mudo? É realmente estranho ("ser umano"??). Todavia, não sei se isto se manteve caso seja verdade.<br /><br />No fundo, há que analisar na prática este tipo de coisas. Abraçar a mudança, quando concluímos que nos faz bem.<br /><br />O Halpern pode muito bem continuar a usar o seu querido "c" - ele já não está na escola e não tem de se preocupar com as notas. Alías, preocupe-se mais com outros problemas, como cultivar nas gerações mais novas conceitos de "cidadania", "carácter", "individualidade", "altruísmo", etc., e - por que não? - a caligrafia. A menosprezada, pisada caligrafia.<br /><br />Sabes Ana, tenho o diário da incursão lusa na Primeira Grande Guerra, relato do meu tio-bisavô, e embora o homem não fosse muito instruído, tinha uma caligrafia belíssima e exemplar... e acrescento, personalizada e com um discurso escrito que transmite de certa forma o modo como provavelmente falaria. Este tipo de tradição morreu (ou assim o vejo) para a maioria, e ninguém faz nada, ou muito, que eu saiba. E revolta-me mais do que o mero "c" do Halpern. Um dia também removeram o "ph" (desconheço os motivos) para usar o "f". Deve ter havido gente a torcer o nariz!<br /><br />Em suma, ainda não li o acordo na íntegra (já agora, tens um link?) mas farei as minhas próprias adaptações baseadas nos dois lados: se me disserem que está oficialmente errado, poderei sempre responder que "optei por ser prático apesar de não cumprir com as regras atuais". E em jeito de rebeldia: sou português e não assinei acordo nenhum, nem dei o meu parecer democrático (via referendo ou similar) perante o futuro do meu próprio idioma, do qual me orgulho. Então será o que eu quiser, de acordo com a minha lógica (admito que poderão apontá-la como "a-da-batata"), ponto.<br /><br />E sou a favor de inglesismos, francesismos, desse tipo de (a ver se a expressão me sai minimamente clara) "abraços poliglotas"; porque tão-pouco creio que sejam essas coisas que me irão embrutecer o dom da palavra.<br /><br />Enfim, bom textinho e um assunto sempre quente e interessante, hein, Ana?<br />Vou escrever-te em privado para combinarmos o tal café!Citizen Petenoreply@blogger.com