Após vários dias de greve dos camionistas, com implicações para todas as áreas de negócio e para os particulares, após camiões incendiados, outro com travões cortados (pelos amados colegas), apedrejamentos e mesmo a morte de um (por achar que o seu direito à greve é mais importante que o dos que não aderem à mesma), após um dia de perfeita insanidade por parte de automobilista em desespero, ficando horas em bichas para a gasolina, chegando a ficar apeados no meio da estrada sem um pingo do tão precioso combustível, após correrias aos hipermercados, nunca vistas nos hipermercados Continente desde o dia de abertura há 20 anos, segundo uma senhora da caixa que contou a uma amiga minha, após muitos litros de leite estragado por impossibilidade de armazenamento por parte dos produtores (não me estou a referir às vacas, obviamente, apesar de elas serem as reais "produtoras"), após material que se encontrava dentro dos camiões ser despejado e destruído, após alimentos, ainda em boas condições, serem atirados ao chão e estragados propositadamente pelos camionistas, eis que o país começa a voltar à sua normalidade.
Hoje começaram a circular os primeiros camiões que já se encontravam dentro do país (os que vêem ou têm de passar por Espanha, bem podem esperar - e desesperar) e a normalidade (?) começou a fazer-se sentir um pouco por todo o lado.
Em meu parcer, a culpa da secura e das prateleiras vazias foi do histerismo das pessoas, pois no Porto nada disto se passou. Bem fizeram eles. Talvez se tenham lembrado de situação idêntica que se passou no iníco dos anos 80, como me contou o meu pai. Este triste episódio só vem provar que o histerismo é o pior que pode acontecer. Imaginem o que seria se o mundo estivesse para acabar. Era igual aos filmes americanos que vemos... Excepto no Porto :)
Tal como os pescadores, toda a razão que pudessem ter, perderam-na, ao estragarem (principalmente) alimentos frescos. Ao destruírem o conteúdo dos camiões, como as máquinas de lavar que vimos na televisão, ou quando partiram para a violência. De certeza que em casa das famílias dos protestante e grevistas não faltou gasolina, nem leite, nem alimentos. Com a retenção dos camiões, já iam fazer notar a falta que fazem. Seria extremamente aborrecido, e dispendioso, com a gasolina e outros itens. Mas... alimentos??? Com tanta miséria e fome que existe no nosso país (já para não dizer no mundo), e com os problemas que os agricultores têm tido devido às alterações climatéricas, estes "senhores", os "maiores" brincam com a fome e a comida. Só por isso deviam de ir presos!
A canção dizia: "Sou camionista, sou o maior". Pois só se for em falta de respeito e estupidez, para fazerem o que fizeram à comida.
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