29 de setembro de 2008

Kaffeehaus - Restaurante Vienense



Na semana passada fui a este novo restaurante vienense chamado "Kaffeehaus" empleno coração do Chiado. Era para ter ido tomar lá o brunch, mas como não deu, e a meio da semana encontrei-me nesta linda parte de lisboa à hora de almoço, decidi experimentar.

Provavelmente não o devia ter feito, tendo pouco tempo, mas a curiosidade era mais que muita. Entrei e dirigi-me ao balcão, à rapariga (austríaca) que lá se encontrava para dizer que era para almoçar e perguntar onde me podia sentar. Logo ali surgiu um problema de comunicação, pois a rapariga não percebia o que eu estava a dizer. Optei pela universal linguagem gestual, para indicar que era para amoçar. Sem sucesso. Apontar para a boca com  mão não foi solução. Ela chama então um colega, também austríaco, a quem lhe diz alguma coisa. Eu mais uma vez faço a linguagem gestual, e o rapaz aponta-me para a casa-de-banho. Agradeço, mas não tenho por hábito almoçar lá. Opto então por falar em inglês. Finalmente comunicação. Indicaram-me uma mesa. Eu pedi o prato do dia, mas primeiro confirmei quanto tempo demoraria, pois estava com pressa. A rapariga, que segundo uma amiga minha percebeu-a quando ela falou em português, disse que demoraria 5 minutinhos, pois era prato do dia e estava sempre a sair. Concordei e pedi uma limonada, toda xpto, para acompanhar.

A limonada chegou rapidamente, que fui bebendo enquanto aguardava pelo meu frango sobre uma cama de batatas cozida e depois passadas em azeite, queijo mozarella e pedaços de tomate fresco, tudo salpicado com oregãos. O tempo foi passando, e enquanto aguardava ia olhando a giríssima decoração do restaurante, com o apoio do Turismo de Viena. Num desses percursos, os meus olhos depararam-se com algo que perferia não ter visto: a execução da tal limonada de €2,40. Para dentro do jarro é deitado um líquido viscoso acastanhado, onde foi juntada água... Da torneira. Aquilo chocou-me um bocado, confesso. Não esperava que abrissem uma Luso fresquinha, mas também não achei muita piada ao que vi, porque água da torneira bebo eu em casa.

O tempo foi passando, e a comida nada. Precisamente no momento em que me ia levantar para ir embora, aparece o sócio principal com o prato, que me pede muita desculpa. A comida estava muitíssimo boa, e o preço não é nada fora do vulgar (€7,50 acho), mas o frango era apenas umas 3 ou 4 tirinhas, e o resto eram batatas, queijo e tomate. Quando me trouxeram o prato, pedi logo a conta, e pude verificar que, para compensar, não cobraram a limonada.

Pude reparar que tinham o famoso bolo austriaco Sacher, mas creio que essas aventuras só quando lá voltar uma segunda vez, mas com calma. Quem sabe se não irei ler um dos jornais ou revistas que têm por lá, ou deliciar-me com uma magnífica AppfelStrudel. 

Apesar de me indicarem a casa-de-banho para almoçar, recomendo uma visita ao local. Para quem estiver curioso, dirija-se ao Chiado, e fica no fim da rua entre a Bertrand e a igreja. Estão abertos de 3ª a Sábado das 11h à meia-noite, e aos Domingos e Feriados, das 11H às 20H.

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