Chaves do Areeiro

Já há bastante tempo que tinha a porta da entrada principal encravada. Quase não a conseguia abrir por fora, então hoje, com tempo, liguei para a Fábrica Chaves do Areeiro. Disseram que passaria alguém aqui por casa entre as 14:30 h e as 18:00 h (como detesto ficar em casa uma tarde inteira à espera que estes, ou outros, senhores apareçam... mas lá teve de ser).

Eram umas 17H, ou talvez até um pouco mais, quando o senhor chegou. Como qualquer pessoa que não conheça a fera que é o meu cão, fez a pergunta da praxe: "Ele morde?" Descansei-o dizendo que não. Para ser simpático o senhor perguntou-me se ele era, e disse algo que não percebi. Inquiri: "Desculpe?" Ao que o simpático senhor retorquiu: "Qual a marca do cão?" Confesso que sempre achei curiosa a expressão. Faz-me sempre lembrar a comparação entre um cão e um carro. Não sei porquê. Poderia ser a marca de um champô, de roupa, de malas ou sapatos. Afinal, sou mulher. Mas não. Cada vez que perguntam pela "marca" de um cão, imediatamente remeto o meu pensamento para um carro. Vai-se lá saber porquê. Será o meu cão um Jeep? Um Micra não é certamente, ou não se chamaria Mr. Big :)

Mas vamos voltar à minha história. O senhor rapidamente me resolveu o problema e deu-me alguns conselhos. Era bastante educado e limpo. Não cheirava a suor nem tinha as calças pelo meio do rabo, quando se baixava, a mostrar um rego peludo.

Tudo muito bem até me dizer o valor do "desencravamento"... €52,50!!! Até gani. Sim. Gani. Não foi o meu cão. Fui eu mesma. Não será um preço demasiado exagerado para tirar uns parafusos e pôr um bocadinho de óleo na fechadura? Afinal, é isso que vou ter que fazer com mais regularidade, excepto tirar os parafusos. O que me leva a pensar que o preço equivalia à deslocação (afinal, era complicado levar a porta à loja) e tirar os parafusos. Autch! Até doi.