14 de novembro de 2007

Mais uma aventura no Metro

E quando pensamos já ter visto tudo no Metro de Lisboa, eis que nos surpreendemos com mais um episódio. Esta manhã desci as escadas para apanhar o metro, e antes de chegar à plataforma tenho de fazer uma pequena curva. Ao começar a fazer essa curva, começo a ouvir um som altíssimo, que dava a sensação vir do outro lado. Parecia alguém a assoar-se, mas o som nunca mais parava. E, como devem calcular, qualquer som no metro ecoa imenso. Olhei para a plataforma do lado de lá e só estava um velhote a ler o jornal, parado. Não se estava a assoar. Olhei para todas as pessoas que se encontravam no meu lado e ninguém se assoava. "Estranho", pensei. Passado um pouco oiço novamente o som. Desta vez olho para o outro lado e reparo no velhote a andar, mas quando o som tem início, o velhote pára. Depois retoma o trajecto, muito descontraídamente. Por esta altura, já devem ter percebido que som o senhor fazia. Isto repetiu-se umas 3 ou 4 vezes. Não estou a exagerar!! E sempre da mesma forma: ía lendo o jornal e andando. Se precisava de se "libertar", parava e folheava o jornal, talvez na esperança de dissimular o som. O pior é que não só não dissimulava, como ninguém demora tanto tempo a virar uma página como o senhor demorava a se "libertar". O senhor só podia ser surdo. Não há outra justificação. Será que ainda era efeito das castanhas de São Martinho?
Ainda olhei à minha volta, mas todos permaneciam impavidos e serenos. Eu ía disfarçando o riso bebendo o meu iogurte líquido. entretanto deixo aqui a sugestão de se fazer uma colecta para comprar um aparelho auditivo para o senhor lol

1 comentário:

Anónimo disse...

Olhe, eu acho que o referido senhor fez muito bem.... A menina não sabe que o que fica muito tempo guardado azeda? Ora, o simpático pensionista resolveu evitar um mal estar libertanto para a atmosfera aquilo que o incomodava. Se perguntar a médicos, qualquer um deles lhe dirá que não devemos conter-nos sob pena de incorrer num mal estar doloroso. Se, no decorrer dessa acção, pessoas inocentes forem apanhadas no caminho, tanto pior. São danos colaterais.

Termino esta participação com um "hip hip urra!!" aos gases do senhor!