16 de setembro de 2009

Uma viagem pelo metro e pelo autocarro

Nada como um dia em que os transportes são gratuitos para as aventuras acontecerem. Fui almoçar ao Francesca, e combinei lá às 13:30 H. Decidi ir de autocarro, coisa que já não fazia há bastante tempo.

Não sei porquê, mas agora as paragens à frente de minha casa não têm horário do autocarro nem trajecto. Se querem saber qual o próximo autocarro, mandem um SMS para a Carris. O número está na placa com indicação do autocarro. Assim fiz, e quando o autocarro chegou, entrei. Não havia qualquer indicação que naquele dia não se pagava. Eu, felizmente, sabia, mas confirmei com o motorista.

O que devia ter também confirmado era o trajecto daquele autocarro, pois mudou desde a última vez que andei nele. Este foi do Oriente para o Martim Moniz. E não passou pelo Campo Pequeno, para onde eu ia, e por onde antigamente passava. Escusado será dizer que saí na Almirante Reis, já nos Anjos, e apanhei o metro.

Sentei-me lá para trás, e ao pé de mim ia uma funcionária da Carris. Como sabia que era da Carris? Pelo lenço ao pescoço. Passado um bocado, entraram duas senhoras, e uma delas perguntou-lhe porque é que hoje não se pagava bilhete, ao que a funcionária respondeu: Não sei. Hoje disseram-nos que não se pagava bilhete nem na Carris nem no Metro, hoje e dia 28.

Quando voltei para casa, vim de metro, pela maravilhosa linha vermelha que agora passa no Saldanha e El Corte, como já falei antes.

A estação do Saldanha está muito bonita, mas as indicações para a linha vermelha podiam ser melhores. Mais uma vez, não havia nenhuma indicação que não se pagava bilhete, para além das portinholas abertas. Mesmo assim, vi gente a comprar bilhete. Dirigi-me a essas pessoas e disse-lhes que hoje era de graça. Mas foi preciso tocar no braço das pessoas, pois não me ligavam nenhuma. Resultado: a informação foi recebida no cérebro dessas pessoas já na altura em que estava a ser impresso o bilhete.

No metro, pude ver uma situação interessante. Um homem, julgo que sem-abrigo, com ar sujo e de quem não estaria muito bem mentalmente, entrou na minha carruagem. Foi para um sítio, ficando em pé. A certa altura, viu 2 mulheres. Uma mais nova que outra. Saiu do seu lugar, foi apalpar o rabo a uma delas, à mais nova, e voltou calmamente para o seu lugar. Elas ficaram incrédulas, mas nada fizeram. Nem elas, nem ninguém. Mas também, fazer o quê? Confesso que me deu vontade de rir a descontracção do homem. Se fosse comigo, não achava graça nenhuma. Quem também achou graça foram 2 chineses que por lá andavam.

Nestes dias, meninas, cuidado com os tarados. Com transportes de graça, também eles gostam de dar uma voltinha.

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