Ontem fui cortar o cabelo ao Jean Louis Davida do Vasco da Gama. Decidi experimentar, pois dá mais jeito do que ir ao do centro da cidade. E foi uma agradável surpresa.
Quem me cortou o cabelo foi a Margarida, que é surda-muda, mas deixem-me que vos diga que ela deixou o meu cabelo muito giro mesmo, e eu nunca gosto de me ver quando saio do cabeleireiro!
O mais engraçado na Margarida foi que, apesar de ser surda-muda, era uma vendedora incrível! Que faria se não fosse! Ela tentou vender-me: Champô e amaciador Redken, conjunto de tratamento anti-queda, madeixas e extensões!
Deu-me ainda um conselho que vou seguir: lavar o cabelo de 2 em 2 dias. E como tenho cabelo com tendência a oleoso, colocar umas molinhas ou ganchos para disfarçar. Assim o couro cabeludo tem tempo para secar e o cabelo fortalece. Desta forma, só vou lavar o cabelo na quinta-feira. Por enquanto está com aspecto aceitável.
Este é apenas mais um caso em que a deficiência está apenas na nossa mente, pois por vezes olhamos para pessoas com todas as capacidades físicas e motoras que deviam olhar para pessoas como a Margarida e como a minha vizinha que recentemente faleceu, e que desde sempre andava de cadeira de rodas, pois força e coragem não lhes falta, e as limitações que têm são apenas "acessórios". Muitas vezes, nós é que somos os deficientes.
Por isso, Margarida, conta comigo daqui a 2 meses para cortar só as pontas, como disseste, para o cabelo crescer e com mais força!
2 comentários:
Infelizmente as pessoas ainda são rotuladas por aquilo que aparentam, não por aquilo que realmente são...
Beijocas
para a proxima que fores ao vasco da gama apita para tomarmos café! :)
concordo plenamente com o que dizes... preconceitos!
bjs
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