Esta semana foi dado a conhecer o caso de uma rapariga portuguesa de 14 anos que é vítima de cyber-bullying. E o que é o cyber-bullying? Bullying é uma palavra anglo-saxónica que define o acto de agredir, física e/ou psicologicamente, de forma intencional e repetida, um indivíduo mais fraco e incapaz de se defender. O cyber-bullying é quando a agressão e humilhação se passa na internet, através de sites, blogs, e-mails, publicação de vídeos ou fotografias. Por vezes o bullying também acontece via sms.
A rapariga portuguesa sofre de cyber-bullying, e a lei portuguesa nada pode fazer, pois não está prevista nenhuma lei que cubra este assunto. O director da escola não dá importância ao assunto e suspende as por 10 dias, ou seja, férias.
Nem de propósito, ontem o tema do programa da Tyra era cyber-bullying. Estava lá a mãe da rapariga que se suicidou, pois não aguentou mais. Estavam lá rapazes e raparigas vítimas e não vítimas de todo o tipo de bullying. Uma das raparigas impressionou-me particularmente, pois o seu olhar era tão triste e vazio.
Fui igualmente impressionada por mais 3 histórias: uma rapariga que, depois de a chamarem de gorda, embora não fosse, e de provocar vómitos ao ponto de ter perdido 14 kg, ouviu de um colega "Porque não te matas? O mundo ficava melhor sem ti"; Outra rapariga já tinha passado por situação semelhante, mas agora era muito senhora de si e cheia de confiança. Do nada colegas criaram um site chamado "killkelly.com" (julgo que era este o nome dela), onde cada texto em que a insultava terminava com "Kill Kelly". Para quem não sabe, "kill" significa "matar".
O terceiro caso relatado foi o de um pai, cujo filho também se suicidou após 2 anos de bullying, de ter conseguido derrotar o bully, de se ter tornado amigo dele, ou assim pensava, até começar tudo de novo.
O que poderá levar adolescentes a desejarem a morte a outros? Não sei. Não compreendo. Mas a verdade é que acontece, um pouco por todo o lado. E se conhecem alguém que seja vítima de cyber-bullying, especificamente, o que os especialistas aconselham é que essa pessoa se dirija a um adulto e que evite ver o que escrevem sobre ele/a, passando menos tempo no computador.
É fácil dizer, e difícil fazer, mas estas são apenas algumas dicas para tentar minorar os casos.
O meu sobrinho foi vítima de bullying. Ele e muitas outras crianças, dos dois sexos, que frequentam a mesma escola. O meu sobrinho ainda não é adolescente. O que sucedeu? Chumbou na primeira classe (sim!), necessitava de acompanhamento por parte da professora e gritava com pesadelos a meio da noite. O pior de tudo? O pai do bully aplaudia as acções do filho, pois achava que o dito mostrava assim como era "macho", e a mãe nada fazia.
Para terem noção da criatura que falo, este menino de 8 anos tinha os dias completos, depois da escola, em actividades desportivas de alta competição. Como tal, tinha mais força que todos. Ele tem duas irmãs, e agride-as fisicamente de forma muito bruta, e os pais nada fazem. Um dia, na escola, deitou uma menina ao chão, sentou-se em cima dela e bateu com a cabeça dela no chão!
No programa da Tyra, ela entrevistou um rapaz que, apesar de já ter feito bullying, via-se que tinha cabeça, e não estava completamente perdido. E o que ele disse revela tudo: quando tinha problemas em casa, fazia cyber-bullying, pois era uma forma de se "libertar" e libertar a pressão.
O cyber-bullying tem características que o bullying normal não tem: é, ou pode ser, anónimo, é difundido pelo mundo, e não se vê, assim não tendo noção, do mal que se faz e como se magoa uma pessoa.
Actualmente o bully da escola do meu sobrinho mudou de escola, pois a pressão por parte dos pais era mais que muita para o expulsarem, e a verdade é que o meu sobrinho, que anda numa psicóloga, anda mais solto, mais feliz, e tem melhores notas.
1 comentário:
Assunto que deve ser levado mais a sério...
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