24 de janeiro de 2010

Doca de Santo: Bom para café. Péssimo para almoçar.

Que dia este! De manhã marquei mesa para 8 pessoas no Doca de Santo. Já lá tinha ido à noite beber um "copo" e à tarde um cappuccino, mas nunca havia comido uma refeição neste restaurante. Perguntei que tipo de comida serviam. Disseram "Carne, peixe, saladas...". Não era bem isto que queria saber, pois parecia-me óbvio, então assumi que fosse comida portuguesa normal. Referi que iam 2 crianças e uma senhora com problemas de locomução, e, como tal, recomendaram uma mesa junto ao parque de estacionamento, na área toda em vidro. Pareceu-me bem.

Cheguei 5 minutos depois da hora que havia feito a reserva, 13:30. Esperei que me indicassem a mesa. Este processo demorou 15 minutos, pois o funcionário com quem tinha feito a reserva não estava lá, ou algo do género, e, ao que parece, sentaram uma família às 12:30 na mesa que nos estava destinada. Acabaram por nos colocar numa sala à parte, vulgarmente reservada para fumadores, mas como estava fechada, e era mesmo ao lado do parque para as crianças do restaurante, acabamos por ficar com a sala só para nós, depois de um grande pedido de desculpas.

Na ementa, de 3 páginas, havia apenas para comer bifes, tal como na Portugália, e peixe havia apenas 4 pratos, sendo dois deles apenas servidos à noites, o que reduzia para 2, pataniscas de bacalhau ou caril de gambas, as opções de peixe.

Fizemos o nosso pedido a uma empregada nada simpática, e fomos nos entretanto com 2 cestos de pão e uma taça de azeitonas. Passada uma hora, ainda esperávamos a comida. O meu sobrinho estava esganado de fome, e nós a perdermos a paciência.

Entretanto foi entrando para a outra mesa daquela sala, que estava disponível, um homem com um bebé ao colo. Depois chegou mais um homem e um bebé, e por fim mais outro e as respectivas mulheres. O que nos tinha indicado a mesa apareceu pouco mais tarde e foi falar com eles para saírem de lá, mas fizeram finca pé e disseram que eram clientes há muito tempo e ameaçaram que 30 ou 40 amigos deles iam deixar de lá ir. Acabaram por lá ficar. Passado pouco tempo passou um prato com batatas fritas. Mais um pouco e passou um prato com um bife, batatas e ovo, que foi dado a uma das crianças, e nós, nada. A juntar a isto tudo, levámos com o sol de chapa nos olhos ou na cabeça.

Passada hora e meia começou a chegar a comida, já depois de termos respingado com o, que julgo ser, chefe de mesas, que se desfazia novamente em desculpas e disse que o mínimo que podia fazer era oferecer as bebidas (a única alcoólica foi a cerveja do meu irmão e o panaché da minha mãe).


A comida veio, mas não para todos. Faltava o prato da minha cunhada e o acompanhamento do meu bife e do do meu pai. Antes desses virem, chegaram os pratos para a mesa do lado. Nem queria acreditar!

Escusado será dizer que ao fim de 15 minutos estava tudo comido. Reconheço que, no meio de tanta coisa má, os bifes eram muito bons. Tenros, macios, e molhos e batatas fritas óptimas! O caril parece que estava bom, mas as pataniscas nada de especial. Ou seja, o forte deles são mesmo os bifes (a cerca de €13).

Nem nos atrevemos a pedir sobremesa. Foi café e conta, que veio com o desconto. No final de tudo, saímos de lá eram 16:00 horas, com a jura a nós mesmos de nunca mais lá voltarmos.

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