21 de outubro de 2010

Pequenos gestos

Ontem, ia a caminho dos CTT, e para ser mais rápido, atravesso o centro comercial.

Para chegar à rua, primeiro atravessamos umas portas, andamos um pouco e deparamo-nos, novamente, com outras portas, não sendo, nenhuma delas, automáticas.

Passei a primeira porta para sair, e a entrar, nas outras portas, estava uma velhota que se movimentava com a ajuda de duas bengalas.

As portas são pesadas e, apesar de ir com pressa para chegar ao meu destino antes que fechasse, voltei atrás, abri a minha porta e esperei pela senhora, para que ela passasse.

Enquanto para mim, esta acção me pareceu a mais óbvia, e o mínimo que deveria fazer (eu ou qualquer pessoa), surpreendeu muito a senhora, que imediatamente ficou com a cara iluminada com um sorriso. Agradeceu-me imensas vezes. Talvez tantas como me desejou que Deus me abençoa-se, e mandou-me beijinhos.

Já quase no fim de passar, perguntou-me se não queria ir beber café com ela. Calculei que, para além de não ser habitual segurarem-lhe a porta, também se deva sentir sozinha.

Infelizmente, não pude aceitar o convite, mas tal acontecimento deixou-me a pensar na sociedade de hoje.

Não custa nada gastarmos 2 minutos (se tanto) da nossa vida com gestos tão simples que para outros significam tanto.

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