17 de dezembro de 2007

NAMUR e má educação

Como já referi, este ano a ceia de natal vai ser em minha casa. Deve ser a confusão total na minha cozinha, pois dos 4 bicos do meu fogão, só um funciona. Quanto aos doces típicos de natal (sonhos... que delícia!), após um ano ter feito sonhos caseiros, e enquanto os fazia fui surpreendida com a chegada de sonhos comprados pela minha mãe numa pastelaria (e não, não era porque os meus não estivessem bons, porque sou uma cozinheira de mão cheia, principalmente no que toca a doces), jurei para nunca mais ter esse trabalho. Para acrescentar a este factor, não sei igualmente a que horas estou despachada do trabalho, por isso não quis arriscar, e em conversa com uma amiga, foi-me sugerida a pastelaria Namur, pois, de acordo com a revista Visão, tem o melhor bolo rei de lisboa, e de acordo com a minha amiga, é tudo fresquíssimo e óptimo.
Até pode ser, mas depois do telefonema que fiz hoje a encomendar os doces de natal, só me apeteceu enfiar um bolo rei pela cabeça do Sr. Ribeiro abaixo (para não dizer a dentro). E quem é o Sr. Ribeiro? O Sr. Ribeiro é uma das pessoas que acha que o cliente está dependente dele, e que tem o espírito natalício bastante interiorizado... ou não. Ao ligar para lá, desde o iníco que este "Senhor" Ribeiro se mostrou bastante...Como direi? Ah! Já sei! Bronco! Caracterizado por ter simpatia zero (e educação), este "senhor", que apontava o meu pedido, não me pôde auxiliar na distinção entre um cuscurão e uma filhós. Sei que o cuscurão é rectângular (embora no início este ser dissesse que não), mas de acordo com o Sr. Ribeiro, a diferença é que o cuscurão é rectângular, e a filhós é redonda. Ao qual eu inquiri "Mas a única diferença é ser rendonda? A massa não é outra?", recebendo do outro lado da linha uma amável resposta "Claro que é!" Respirei fundo e tentei continuar o meu pedido, tão compactamente quanto possível. Finalizei-o e informei que passaria por lá dia 24. O ser perguntou-me a que horas passaria por lá, e por ser véspera de natal, pensei eu, ingénua, que não teriam o mesmo horário de funcionamento, que nos restantes dias (apesar de não saber qual o horário habitual). Resposta do ser: "Fechamos às oito, por isso é que lhe perguntei a que horas passava cá." Nessa altura tive a certeza que se tivesse o bolo rei na minha mão o enfiava pela guela do ser à força toda. Respondi-lhe, então: "Por não saber a que horas fecham, principalmente por ser véspera de natal, é que perguntei o vosso horário, para poder definir uma hora para aí passar!".
Se há coisa que detesto é má educação e odeio dar dinheiro a pessoas mal educadas. Em outro caso tería cancelado a encomenda naquele momento, embora merecessem que simplesmente não aparecesse lá no dia, mas o desespero fala mais alto. Se souberem de uma alternativa, não hesitem em me informar. Para compensar, é bom que tudo esteja simplesmente FABULOSO, DELICIOSO e FRESQUÍSSIMO!! Caso não seja, ameaço-os com a ASAE. Já nem é com o livro de reclamações. É com a ASAE mesmo. Pode ser que assim aprendam a respeitar os clientes.

1 comentário:

antia disse...

Minha querida amiga.. Nem parece que és de Oeiras! Tens aqui uma bela pastelaria - O Espigueiro - com tudo MARAVILHOSO. Fui lá comprar bolo rei por volta das 16 horas do dia 24 e não estava ninguém. E além disso podias escolher as mais variadas iguarias natalicias. Ai, ai... Para o ano já sabes! É verdade, o bolo rei estava uma delicia e um dia depois estava mole. Ontem comi lá um sonho... que era um sonho! Têm simples, de abobora e de mais outra coisa que não me lembro. Beijos e Bom Ano