1 de janeiro de 2008

Táxis dia 31?


Último dia de 2007. Antes de me preparar para a grande noite, ou melhor, de forma ame preparar para a grande noite, resolvi ligar para a Rádio Táxis de Lisboa de forma a pedir um táxi em minha casa para me levar ao meu destino. Comecei a ligar às 20:30 e não podia ter mais insucesso. Primeiro não conseguia estabelecer a ligação. Quando finalmente consegui, tocou, tocou, tocou e ninguém atendia, até que a ligação caiu. Mas eu sou persistente e não me deixo vencer por um telefone ou linhas congestionadas. Então, continuei a tentar. Finalmente foi estabelecida a ligação e ouvi a gravação da senhora simpática a dizer que a minha chamada ia ser atendida dentro de... "1 minuto". Fiquei alegremente admirada. Entretanto fiquei a ouvir a música do Craig David "Walking away", e rapidamente me apercebi que era isso mesmo que me apetecia...walk away. Passaram pelo menos dez minutos sempre a ouvir a referida música, até que a chamada caiu. Só digo que mantive a minha luta, passando por estas três fases mais do que uma vez, até que perto de uma hora depois desisti. Chegada a minha hora de sair de casa, peguei no carro e fui até à praça de táxis mais próxima. Nada! Segui até casa da minha amiga de carro, e continuamos sempre em busca de um táxi. Durante todo o caminho, cruzei-me apenas com dois táxis, e um deles fazia serviço particular. Finalmente, milagre dos milagres, para o lado da Estefânia, vi um táxi à minha frente vazio. Desesperada começo a fazer milhentos sinais de luz para que páre, até que finalmente o faz. A minha amiga corre até ele e pergunta se está disponível . O senhor era de Santarém e ía naquela altura para casa, mas amavelmente, talvez por ver o nosso desespero, aceita levar-nos ao nosso destino. Escusado será dizer que íamos numa corrida contra o tempo, e a ajudar, apanhamos um pouco de trânsito. Mesmo assim, conseguimos chegar a tempo. No final, o simpático senhora, que por nossa causa não passou a meia-noite com a família, não nos cobrou tarifa, desejando apenas um feliz 2008.
Para compensar, na volta para casa havia imensa gente à procura de táxi, mas os poucos que passavam íam sempre cheios. Para fugir aos locais óbvios, descemos a rampa do elevador da Glória (acho) e qual não é o nosso espanto quando conseguimos apanhar um táxi vazio. Acho que o homem (reparem como este taxista não é referido como senhor) devia estar a acabar o turno, mas lá nos levou, extremamente mal-disposto e contrariado até ao meu carro. Uma coisa é certa: enquanto o taxista de 2007 era uma jóia de pessoa, o de 2008 era uma besta ambulante. Mas quando a causa é desesperante, acabamos por nos entreter a ver pessoas na rua a cheirarem os próprios pés (como foi o caso). Pelo menos apanhamos táxi, e às 6 cheguei a casa :)

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