12 de março de 2008

Portugal louco e desconfiado

Já experimentaram pedir detalhes tão básicos como morada, fax e e-mail a uma empresa? Eu já. E digo-vos que é uma tarefa bem mais complicada do que à partida parece. Apercebi-me que o povo português é muito desconfiado, mas os que se encontram no norte da Grande Lisboa são muito piores do que os do sul (e não margem sul) da cidade.
É de pensar que as empresas até facilitariam providenciar estes dados, mas na maioria dos casos não é o que se passa. É preciso uma boa dose de paciência e um certo humor. Um caso engraçado foi quando perguntei se uma determinada loja tinha fax. A atenciosa empregada pediu-me para esperar um momento. Foi verificar, e voltou orgulhosa ao telefone para me informar que sim, tinham (máquina de) fax. Como se não bastasse, ao perguntar o e-mail, que não tinha conhecimento de qual seria, disse que o "mínimo" que podería fazer seria tentar saber e depois me ligaria a informar, o que me levou a pensar "Se isto é o mínimo, o que será o máximo?"
Um outro episódio igualmente cómico passou-se com um brasileiro, que ao dar-me o endereço de e-mail dizia (exemplo): "Maria, ponto, mas não é ponto escrito. É ponto mesmo, entendeu?" Quando disse que era ponto mesmo, e não ponto palavra, nem queria acreditar. Mas a cereja no topo do bolo foi mesmo quando me perguntou "Entendeu?" e seguiu com "Maria ponto Braz, arroba ponto com ponto br", ao que eu respondo "Entendi. Mas arroba seguida de ponto é impossível". Enfim, só me dava vontade de dizer, como a Magda da série cómica brasileira "Sai debaixo"... "Num tou intendendo"

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