Depois de trocado o pneu, lá vinha eu lentamente pelas ruas de Lisboa, com um pneu mais pequeno que os restantes 3, em direcção a casa.
Ao virar para o meu bairro (mais um dos de Lisboa que participa nas marchas), passo por um dos jardins (atenção, que eram umas 23:30) e vejo uma típica cena bairrista portuguesa: Numa mesa, quatro homens jogavam às cartas, enquanto um outro encontrava-se em pé, de camisa branca de manga curta, totalmente desabotoada, exibindo orgulhosamente a sua proeminente pança.
Par ao quadro ficar completo, só lhe faltava ser peludo, coisa que não me pareceu.
Não pude evitar rir. Onde mais, senão nos nossos bairrinhos, se encontram quadros caricatos como este?
Ao virar para o meu bairro (mais um dos de Lisboa que participa nas marchas), passo por um dos jardins (atenção, que eram umas 23:30) e vejo uma típica cena bairrista portuguesa: Numa mesa, quatro homens jogavam às cartas, enquanto um outro encontrava-se em pé, de camisa branca de manga curta, totalmente desabotoada, exibindo orgulhosamente a sua proeminente pança.
Par ao quadro ficar completo, só lhe faltava ser peludo, coisa que não me pareceu.
Não pude evitar rir. Onde mais, senão nos nossos bairrinhos, se encontram quadros caricatos como este?
1 comentário:
Eu também gostei, e muito, da tua prosa. Que pena a Pena ainda não se ter dedicado a escrever umas crónicas sobre o nosso quotidiano, sem enfadonhas tiradas pretensamente intelectuais, que podiam constituir uma lufada de ar fresco na nossa comunicação social. Só não gostei foi de teres qualificado como "caricato" o quadro que descreveste. Provavelmente, se tivesses nascido e sido criada na Mouraria nos anos 40 do século passado, como eu fui, terias visto nesse "quadro" o curioso reviver de uma cultura lisboeta tradicional que nos tempos de hoje até pode não ser bem vista, mas que é nossa, para o bem e para o mal.
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