Como se sabe, em tempos de crise e guerra, há sempre sectores no mercado que prosperam. Nada de anormal. E, tal como se sabe, Portugal está a passar por uma altura particularmente difícil, a nível económico.
Há, no entanto, 2 fenómenos que são curiosos, e que não têm qualquer ligação com indústrias que, seria de esperar, floresçam.
Estou a falar de telemóveis e depilações a laser. Não são bens de primeira necessidade. Talvez sejam de semi-luxo. Telemóveis que custam para cima de €300, como o iPhone 4G de 32 megas, ou iPads, estão mais que esgotados e têm listas de espera maiores que aparelhos idênticos menos caros. Será por uma questão de status? É provável.
No caso das depilações a laser, segundo me disse a minha "depiladora", não têm sentido, de todo a crise. Na verdade, não têm tido mãos a medir, durante todo o ano. Estão à espera de sentir em 2011, apesar de não alterarem os preços com o aumento do IVA.
Curioso, não? Pois não é algo que se ostente, como um smartphone ou um iPad, e no entanto, trabalho não lhes falta (e ainda bem!).
Será que não estamos assim tão mal? Será que há uma classe média/média alta maior do que a que julgamos? Ou será que as prioridades das pessoas mudaram?
Como se costuma dizer: cada um sabe de si, e Deus sabe de todos. Mas não deixa de dar que pensar...
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