26 de janeiro de 2011

Medithai: Uma ida à Tailândia, sem sair de Lisboa... Ou Porto

Nota: Este post também vai interessar a quem vive no Porto.

Há uns dias para cá, tenho sentido bastante tensão nas costas, então decidi marcar uma massagem tailandesa (a minha primeira) num centro de massagens tailandês, por onde já tinha passado e me tinha deixado com água na boca. O local? Medithai. Em Lisboa está situado na zona norte do Parque das Nações, perto da Torre Vasco da Gama, mas existe também no Porto.

Ao passarmos pelas enormes e várias janelas, podemos ver no interior do espaço uma banheira antiga em metal, cheia de água, com flores a boiar. Um pouco mais à frente, existe uma parede de água, com uma cama gigante para relaxarmos. Existe ainda o piso superior.

Toda a decoração é muito tailandesa, elegante, com gosto e suave.

Ao abrir a porta, fui inundada por um aroma que me conquistou, e relaxou, de imediato. Dei o meu nome, e chamaram quem me iria massajar. Toda a equipa de massagistas é tailandesa e formada pela melhor escola de massagens da Tailândia. Isto já sabia, pois tinha lido no site, mas fui surpreendida ao ver um homem. Baixinho, de cabelo curto espetado, que me cumprimentou com um sorriso tímido, de mãos unidas, em tailandês, e me deu uns chinelos.

Descalcei-me ali mesmo e segui-o. Levou-me até um quarto onde, para além do agradabilíssimo aroma floral, estava uma larga cama com um pijama branco que tive de vestir. O mestre aguardou lá fora, e aguardou o meu sinal. Quando já estava, deitei-me na cama de barriga para cima e, como se diz em inglês, "Let the healing begin".

Toda a massagem, e alongamentos, são feitos sem óleos. Apenas com as mãos e pés. Puxa para aqui, empurra para ali, estica acolá, estala acoli. O mestre falava mal inglês, e pior português. Mas era muito engraçado. Perguntava várias vezes se doía. Na primeira vez misturou inglês com português, "dói", e eu disse que não. Ou, por outra, doía, e já sabia que ia ser assim, mas é uma dor "boa". Disse-lhe isso em inglês e usei a palavra "hurt" e ele não percebeu. Compreendi, depois, que o que ele sabia em português era perguntar "Dói-Dói?", e em inglês pouco mais que "OK", mas devemos imaginar o seu som como um "Ó quê". Mas o "dói-dói" é que me tirava do sério, no bom sentido. Mas o mestre também se ria. Principalmente quando eu estalava em sítios que julgava impossível e quando me doía.

Algo que notei, mas também faz parte da cultura tailandesa, é que sempre que se aproximava de uma área mais... Íntima, perguntava: "Ó quê?". Por exemplo, quando teve de ir para cima do meu nalguedo... Com os pés! Pois é. Foi uma massagem tailandesa à séria. O homem caminhou por cima de mim! Sempre quis experimentar esta massagem, e hoje foi o dia!

Uma coisa vos digo: se querem uma massagem relaxante, escolham outra. A dos óleos ou pés, por exemplo. Porque, com esta, é impossível! Mas saí de lá com uma energia, depois de 80 minutos de esticanços e torções!

No fim, vestimo-nos e somos direccionados, pelo nosso massagista, até à divisão que tem a parede de água, e onde tem espreguiçadeiras para a massagem e lavagem dos pés, para um chá e bolachinha.

Devem estar a pensar que isto é um luxo e foi caríssimo. Principalmente 80 minutos. Pois estão bem enganados. O preço normal é €45, mas como eu comprei um cupão de 5, usufrui de 15% desconto, pelo que já só paguei €38. Informem-se com os donos, que são um casal extremamente simpático.

Fiquei ainda a saber que quem me fez a massagem foi, nada mais, nada menos, que o Mestre Bói, vencedor do campeonato mundial de massagens terapêuticas tailandesas, no ano passado!

No final, deve dar-se uma gorjeta. Varia entre €5 e €20. Bem merecem!!

O Medithai está aberto todos os dias.

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